Projeto Planetário Móvel


Dependendo da faixa etária a narração da apresentação tem importância bem menor. O que não tira o significado da atividade enquanto experiência vinculada à vivência da observação do céu, que é acompanhada por uma trilha sonora muito evocativa. Normalmente as crianças de menor faixa etária colocam a narrativa em segundo plano para se concentrar basicamente nas imagens.
A apresentação é dividida em dois momentos. No primeiro se realiza a observação do céu com a apresentação das suas constelações. Como estamos tratando de imagens, a apresentação pode ser dividida em cenas:
1.      Observação do céu do hemisfério norte com projeção da constelação da Ursa Menor. Nessa constelação se encontra a Estrela Polar(polaris), que era usada pelos navegantes como marco de orientação marítima. A cena termina com a descida da estrela polar em direção ao horizonte, como resultado das viagens que eram realizadas ao hemisfério sul.
2.      Apresentação do Céu do hemisfério sul. São destacadas as Nuvens de Magalhães e apresentada a Via Láctea para os alunos. Na cena é projetado o Cruzeiro do Sul e seu papel como ponto de referência para localização do ponto cardeal sul.
3.      Nessa cena é contada a história de Órion e ser amor por Ártemis. São projetadas as constelações de Órion, Touro, Cão Maior e Escorpião que encerra a primeira etapa da apresentação.
Abaixo está a transcrição integral da primeira cena da apresentação: ” é entardecer. Os fracos raios do sol ainda dominam o céu encobrindo as estrelas... O sol se põe... sua luz se despede... e começamos a notar timidamente os primeiros pontos luminosos no céu...Para os habitantes do antigo Egito,  há mais de 5000 anos, cada ponto luminoso representava uma pessoa importante,  que após a morte subia ao céu para cuidar da ordem da natureza... entre os Bororos, índios brasileiros, as estrelas são os olhos de crianças que também subiram ao céu, só que usando imensas cordas...que curioso heim!  Pois é...cada povo, cada cultura cria uma história para entender  a natureza e suas origens...essas histórias são chamadas de mitos. E são os mitos e lendas que davam ao homem antigo a compreensão da sua vida e do universo.Além de criar belas histórias, adoramos desenhar...e desde muito tempo fazemos desenhos com as estrelas mais  brilhantes do céu: Esses desenhos  são chamados de constelações.Entre todas as constelações do Hemisfério Norte ou Céu boreal... a Ursa menor é especialmente importante... Vamos fazer um esforço de imaginação e tentar encontrá-la nessa região do céu...conseguiram?......Observe esse pedacinho que mais parece uma caçarola... e agora todos estamos vendo a ursa menor?...já estão vendo? Ainda não...então vamos dar uma ajudinha...acho que eu nunca encontraria uma ursa nessa região do céu.  Realmente desenhar com as estrelas não é muito fácil, mas com o tempo a gente aprende...Mas preste atenção nessa estrela na ponta do rabo da ursa. Ela é a estrela polar... a estrela mais próxima do pólo celeste norte, o outro lado terra, onde vive o urso polar...observe que todo o céu, como uma imensa roda, gira em torno da estrela polar, esse movimento é provocado pela rotação da terra em torno do seu eixo, expondo diferentes pedaços do céu... as estrelas, assim como o sol, nascem a leste e se põe a oeste...
O segundo momento da apresentação se inicia com ruídos de uma estação de lançamento e é anunciado o vôo do foguete da agência candanga de exploração espacial. Quando os motores são ligados, o céu começa a girar com a apresentação de uma projeção digital da terra se afastando. Depois se observa a Lua com a realização uma viagem pelo Sistema Solar e pelo Universo. A segunda parte é finalizada com a “nave” voltando para a Terra com uma mensagem sobre a necessidade de conservação do planeta. Abaixo vai o texto integral do início da segunda parte da apresentação: “Agora que já conhecemos o céu vamos embarcar no nosso foguete de mais de 200 metros de altura...o que nos espera é a maior de todas as viagens...apertem os cintos que o foguete vai partir...Contagem regressiva ... 5  /4  /3  / 2  /1  /0...rapidamente a terra é deixada para trás e já começamos ver a bela imagem da lua a nossa frente...e que linda imagem...da janela percebemos que a lua não é lisa, mas cheia de crateras provocadas por choques de meteoros...agora vamos acelerar até Vênus...olha lá   aquele pequeno ponto que tem o sol como fundo, é para lá que estamos indo...Vênus com sua atmosfera extremamente densa não nos permite observar sua superfície, aqui o efeito estufa faz de Vênus o planeta mais quente de Sistema Solar com temperatura de até 470 graus...agora estamos nos aproximando do sol, em direção a mercúrio, um planeta sem atmosfera, pequeno e como vemos, cheio de crateras...agora passaremos perto do Sol, e nos aproveitaremos da sua gravidade para ganhar energia...cuidado que a nave vai tremer um pouco...o sol é enorme...dentro dele caberiam mais de um milhão e 400 mil terras. Produz em um segundo mais energia do que o homem produziu em toda a história da civilização. Com  o grande impulso dado pelo sol nossa nave passa rapidamente pela terra em direção a Marte. A superfície de Marte, com altas concentrações de ferro, faz com que apresente esse tom avermelhado... as calotas marcianas, formadas por gelo seco...e o grande vulcão de quase 29 km de altura...Júpiter e suas mais de 60 luas, veja aquela mancha vermelha na atmosfera de Júpiter... é uma tempestade “eterna” e nela caberiam mais de três planetas Terras, essa tempestade se desenvolve há mais de 300 anos. Saturno e seus anéis, que mesmo vistos com uma pequena luneta, encantaram Galileu naquela noite perdida no tempo... passamos por Urano... Neturno e deixamos o Sistema Solar.